Pouco se ouve falar sobre este estilo na moda. O "camp" pode ser entendido como uma atitude exibicionista, em que o principal objetivo é chamar a atenção, provocar o estranhamento e chocar. Tem uma forte conotação sexual, que pode ter algumas vezes características transformistas ou homossexuais. Geralmente possui um visual exuberante, com uma espécie de elegância decadente.
Imagens fortes, rebeldia e agressividade também podem ser muito presentes na linguagem "camp", pois funcionam como um discurso de contracultura, afim de exprimir suas ideologias e desejos. A comunicação ácida, sarcástica e irônica serve para criticar determinados valores e levantar certas bandeiras. O camp não precisa necessariamente ser enquadrado em nenhum período específico, é atemporal e possui diversos representantes ao longo de várias épocas.
No século XIX, Oscar Wilde, escritor inglês, que se exibia nos grandes círculos intelectuais, provocando admiração e comentários, passou por um dilema, em relação à sua homossexualidade.
Oscar Wilde
Mae West, nas décadas de 30 e 40, escandalizou as telas do cinema, com suas atuações extremamente ousadas e provocativas.
David Bowie também deixou sua marca, com seu visual andrógino e incompreendido, no auge dos
anos 70.
David Bowie
Atualmente, uma das melhores representações está na cena clubber e no universo underground, com as Drag Queens, que já inspiraram muitos criadores e artistas. Talvez uma figura que ilustre bem o camp conteporâneo, seja a performática Lady Gaga, cantora pop, que vem atraindo olhares de todo o mundo, para suas aparições inusitadas, com looks para lá de extravagantes.
Lady Gaga e seus figurinos camaleônicos
Algumas marcas famosas também tem investido em campanhas cada vez mais ousadas, para promover seus produtos, através de uma comunicação, cheia de Non-sense, que causa impacto e digamos, desperta os sentidos.
"O camp pode ser definido como o kitsch na moda" (REMAURY, 1995).