"O criador é aquele que faz avançar a história da moda" - Didier Grumbach

Mostrando postagens com marcador Século XVII. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Século XVII. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O Século XVII - A França impera

No Século XVII passaremos a ter a França, e não mais a Espanha, como no período anterior, influenciando a moda nos demais países da Europa.

A figura máxima é a do rei, segundo os príncipios absolutistas.




Luís XIV, rei da França, também chamado de "Rei Sol" pode ser considerado como o inventor do luxo, pois nos deixou um legado de símbolos de status e sofisticação, durante seu reinado, tais como:

  • Os diamantes;

  • O champagne;

  • Sapatos de salto-alto;

  • A gastronomia;

  • Os precessores de butiques, grifes e salões de cabelereiros, assim como dos primeiros criadores de alta-costura;

  • Os perfumes;




Para Luís XIV ostentar o luxo era uma forma de poder. A França soube utilizar muito bem esse poder de sedução para influenciar outros países. As criações da corte francesa eram desejadas e disseminadas por toda a Europa.


A figura de seu primeiro-ministro Jean-Baptiste Colbert foi responsável pela criação de um dos primeiros jornais de moda, o Mercure Galant, que trazia informações das roupas francesas e ainda instituiu o conceito de rotatividade de coleções por estação, que é mantido até hoje.






A Vestimenta masculina estava assim definida:



  • O Rhinegrave, uma espécie de calção-saia;

  • Colete justo;

  • Perucas compridas;

  • Sapatos com salto pequeno;

  • Os justaucorps;




A Vestimenta feminina era composta basicamente por:

  • Vestido com corpete em "V" e saia ampla;
  • O manteau;
  • Penteado fontange;
  • Sapatos altos;



Tanto na vestimenta feminina como masculina deste período veremos uma utilização excessiva de laços, fitas, amarrações, rendas e babados.

Corsets

Os Corsets se popularizaram muito durante os séculos XVI e XVII.


Eram peças utilizadas para definir a silhueta e valorizar a cintura feminina.


Os materiais eram diversos. Podiam ser de ferro, madeira, couro, mas principalmente de ossos de baleia ou barbatanas.




Estes de material mais rígido como o ferro e madeira eram mais incômodos e desconfortáveis.

No final do século XVII os corsets tornaram-se mais elaborados, com saias volumosas, auxiliados pelo uso dos paniers, crinolinas e petticoats, deixando a a cintura cada vez mais delineada.



Além de delinear a cintura os corsets também eram usados com a intenção de "levantar os seios para seduzir" , um visual indispensável a qualquer mulher da época, porém vale salientar que foram usados tanto por mulheres quanto por homens e inclusive crianças, de famílias ricas da Europa.



Rufos

O rufo é um elemento do vestuário que se popularizou entre a segunda metade do século XVI e a primeira metade do século XVII.





São peças que hoje causam certa estranheza, mas que para a época, estavam associados á estética da rigidez.





A idéia do rufo era a de ser uma grande gola que tornasse o visual empertigado e austero, impedindo de certa forma que se tivesse uma postura mais relaxada. Hábitos simples, como comer de talheres, pentear-se ou maquiar-se, por exemplo tornavam-se tarefas extremamente complicada, em função do tamanho de alguns rufos.


Entre suas principais características estão:


  • Os primeiros eram confeccionados de tecido engomado e plissado (mesmo da chemise);
  • Alguns modelos femininos surgiram como adaptação da gola dos vestidos, em tecidos rendados e leves;
  • Os mais luxuosos vieram em tecidos mais nobres e leves, com aplicações, rendas e bordados;






Durante a segunda metade do século XVII os rufos passaram a ser substituídos por uma espécie de gola flexível, ampla e caída muitas vezes sobre o colo e/ou ombros.