"Para os que se preocupam com qualidade, o prestígio é a coisa mais importante. Acredito sempre na alta-costura e desejo que ela dure até o fim da minha carreira. Sempre a defendi, com a perfeição que ela implica. Não há duas maneiras de se exercer a profissão. Sucesso não é prestígio. O sucesso é passageiro, o prestígio é outro assunto. Ele persiste depois da gente. É preciso trabalhar para não ter trabalhado em vão."
Givenchy
A extrema elegância sempre foi a principal marca das criações clássicas de Hubert de Givenchy, um francês reconhecido mundialmente por seu trabalho coerente e requintado.
Ao contrário do que sua família desejava, Givenchy não se tornou advogado, tendo cursado a Escola de Belas Artes, em Paris. Chegou a trabalhar com nomes importantes da costura parisiense, como Jacques Fath, Robert Piguet e Lucien Lelong. Trabalhou também com Christian Dior e Elsa Schiaparelli, antes de abrir sua própria maison , em 1952, no número 8 da rua Alfred de Vigny, na Monceau Plain, em Paris. Nesse mesmo ano, apresentou sua primeira coleção de alta-costura, que ficou marcada pela blusa de babados nas mangas, batizada de Bettina, nome da sua principal modelo e também relações públicas da marca. Durante os anos 50, ele criou vários modelos "chemisier", na forma saco, largos na parte superior e afunilando-se em direção à bainha. Também fez muito sucesso com os separáveis - peças que podem ser combinadas entre si -, e com as suas famosas blusas de tecidos de camisas. Foi o primeiro designer de alta-costura a apresentar uma coleção feminina de prêt-à-porter, intitulada "Givenchy Université", em 1954.
A atriz Audrey Hepburn (1929-93) traduzia o ideal de elegância e glamour que Givenchy queria para suas roupas. Era a mulher perfeita para vestir suas criações, sempre impecavelmente bem proporcionadas.
"Eu trabalho mais sobre modelos vivos que com manequins de madeira. Os manequins vivos são fonte de inspiração. Audrey Hepburn encarnou, para mim, um ideal feminino, por suas proporções e também por sua imagem."
Em 1973, entrou para o mundo da moda masculina, com o lançamento da linha Gentleman Givenchy . Em 1981 , a Maison Givenchy foi vendida, sendo que a linha de perfumes ficou com a Veuve Clicquot , e a parte de alta-costura foi para o Grupo Louis Vuitton Moët Hennessy . Atualmente, a Louis Vuitton também é proprietária da linha de perfumes fabricados pela Givenchy.
Givenchy despediu-se das passarelas em 1995 , com um desfile para o qual foram convidados apenas amigos pessoais, estilistas e principais clientes. A marca Givenchy continua a existir. Algumas das principais modelos da marca são Liv Tyler e Paula Enderle, famosas pelos comerciais da "grife".
Um ano depois, em outubro de 1996, o também britânico Alexander McQueen foi escolhido como seu sucessor. Sua primeira coleção para a Givenchy foi apresentada em janeiro de 1997 e, em 1998, ganhou o prêmio de melhor designer do International Fashion Group . Após algumas especulações sobre quem se tornaria o principal nome da marca, no lugar de McQueen, Julien Macdonald foi nomeado diretor artístico da casa em março de 2001.
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