Longe de perceber o perigo que se avizinhava na primavera de 1940, a maioria das grandes casas de Paris, lançou suas coleções habituais.
Eclode o segundo grande conflito do século XX. Paris caiu em 1940. Entretanto, durante a Segunda Guerra várias maisons continuaram a funcionar.
As roupas da época da guerra demonstram com que força a moda reflete a situação econômica e política vigente, a atmosfera do momento. O racionamento de roupas foi estabelecido em 1941.
As roupas ganharão forte apelo masculino e militar, com carater utilitário.
A Sociedade de Estilistas de Moda de Londres, segue rigorosamente as instruções de sobriedade impostas pelo Governo. Este os obriga a utilização mínima de tecidos nos moldes e a eliminação de detalhes ornamentais
De acordo com os imperativos econômicos, regras estabelecidas limitavam a metragem do tecido, o comprimento e a largura da saia. Aplicam-se mudanças no processo de fabricação e a racionalização da mão-de-obra.
A palavra-chave chama-se "recessão". Os tecidos e aviamentos são agora racionados e fiscalizados.
A saída para os estilistas eram as variações nos detalhes, da cor do debrum, ao bolso falso. A forma era de ombros quadrados, reta, de corte masculino imitando o corte das fardas. Moda militarizada.
Em 1948, impõe-se gradativamente um conceito trazido dos EUA por Weill – o ready-to-wear, que logo se tornou o prêt-a-porter
Nessa época de racionalização e penúria é comum uma prática antiga : a costura feita em casa e o aproveitamento do velho, do usado.
O grande look do início da década é o conjunto saia/casaco, além da saia-calça
O grande look do início da década é o conjunto saia/casaco, além da saia-calça
A saída para os estilistas eram as variações nos detalhes, da cor do debrum, ao bolso falso. A forma era de ombros quadrados, reta, de corte masculino imitando o corte das fardas. Moda militarizada.
As saias tinham pregas finas. Calças compridas de corte masculino eram populares.
Vestidos que pareciam saia e casaquinhos abotoados, faziam sucesso, à medida que as restrições aumentavam. Para o consumo eram necessário muito menos cupons, na hora da compra.
Vestidos que pareciam saia e casaquinhos abotoados, faziam sucesso, à medida que as restrições aumentavam. Para o consumo eram necessário muito menos cupons, na hora da compra.
Turbantes, Chápeus, Lenços e redes para o cabelo estiveram em alta, assim como bolsas a tiracolo, de passeio e utilitárias. Os sapatos tinham aspecto pesado e masculinizados, incluindo o modelo plataforma, muito difundido por Carmem Miranda.
Como as meias de seda foram interditadas, as meias soquetes fizeram sucesso, como os turbantes, os lenços de cabeça, e ainda os chapéus. A moda se concentrava nos ornamentos
A Guerra mudou toda a estrutura da Indústria de Moda. Os Estados Unidos e a Inglaterra implantaram suas próprias indústrias de confecção, cada vez mais independentes.
A alta-costura luta para sobreviver com uma clientela reduzida e consegue permanecer em Paris.
A alta-costura luta para sobreviver com uma clientela reduzida e consegue permanecer em Paris.
Em 1945 uma exposição chamada “Le Theatre de la Mode”, no Museé de arts Decoratifs com o apoio dos principais costureiros, mostra a vontade com que eles e o Governo se empenham em reerguer a indústria da Alta-Costura.
Em 1947, Christian Dior sacode o mundo com sua coleção batizada de “New Look”. Seus modelos fazem enorme contraste com o modo de se vestir em tempos de Guerra.
Um vestido podia exigir até 25 metros de tecido, e o estilo acentuava e exagerava as formas femininas graças a roupas íntimas com barbatanas e tecidos engomados. O New-Look (Linha Corola) provocou controvérsias em todo o Ocidente. Muitas mulheres adotaram o estilo, mas outras reagiram contra ele.
Um vestido podia exigir até 25 metros de tecido, e o estilo acentuava e exagerava as formas femininas graças a roupas íntimas com barbatanas e tecidos engomados. O New-Look (Linha Corola) provocou controvérsias em todo o Ocidente. Muitas mulheres adotaram o estilo, mas outras reagiram contra ele.
Em 1948, impõe-se gradativamente um conceito trazido dos EUA por Weill – o ready-to-wear, que logo se tornou o prêt-a-porter
Aos poucos, 80 % da confecção comum foi substituída pelo prêt-a-porter, inspirado no estilo americano, deixando de lado a Alta-Costura.
Logo após a Libertação, Lucien Lelong relança para o mundo a imagem da Alta-Costura. No final da Guerra estavam lançadas as bases de uma Alta-Costura independente e de uma indústria de moda para um mercado de massa.